Colin Devlin: suavidade e talento
Colin Devlin: A música sempre foi muito cinematográfica para mim e sempre tenho imagens na cabeça enquanto componho. Eu acho que talvez isso explique por que minha música é tão popular em filmes e na TV. Quando música e imagens trabalham juntas, esta combinação pode se tornar uma coisa poderosa. Então, acho que a resposta para a sua pergunta é sim. Eu acho que todas as boas músicas têm pelo menos um pouco da pessoa que as escreve, às vezes mais, às vezes menos. Minhas músicas, em sua maioria, são bem pessoais e um pouco autobiográficas.
UC: Alguns músicos não gostam muito de ter suas canções em programas de TV, trailers ou clipes promocionais como, por exemplo, a banda Kings Of Leon e Arcade Fire. Você, por outro lado, é a favor desta utilização. Por quê? Esse é um meio para sua música chegar a diferentes públicos?
CD: Sim, para mim é uma forma de chegar a um público novo e mais amplo ao redor do mundo. Como todo músico sabe, pode ser uma luta conseguir que sua música seja ouvida dentre tantas outras boas produções por aí. Não digo sim a tudo, claro, já recusei pedidos de utilização da minha música em coisas que eu não sentia que eram apropriadas. Mas, a maioria dos pedidos, vem de pessoas ou diretores que gostam do que eu faço e respeitam, então, é legal. Se está tudo bem para Bob Dylan, Neil Young e Leonardo Cohen, então, está tudo bem pra mim.
UC: Como você recebeu a notícia de que sua música seria parte do novo clipe de Brothers & Sisters no Brasil?
CD: Eu tenho recebido muitos e-mails e mensagens de fãs do Brasil há um tempo, e é um lugar que eu adoraria visitar e levar minha música, fazer alguns shows. Tenho a impressão de que seriam shows muito especiais. Por isso, espero encontrar um jeito de fazer isso em breve. Sou um grande fã da música brasileira, de Caetano Veloso, João Gilberto e Seu Jorge. Por isso, estou muito agradecido por vocês terem entrado em contato.
UC: Lembrando que essa não foi sua primeira música usada, “Waiting” foi também escolhida para promover o canal. Você poderia nos contar um pouquinho sobre como você escreveu essas músicas – “The Heart Won’t Be Denied” e “Waiting” – e o que elas representam pra você?
CD: Ambas as músicas que você destacou estão entre as minhas favoritas. Eu acho que as pessoas correspondem à veracidade e a simplicidade dessas canções. As pessoas conseguem sentir se algo é real ou não. E isso as toca de jeitos diferentes com relação a suas próprias vidas, então, é assim que as músicas se tornam pessoais e especiais para cada pessoa.
UC: Você teve a chance de ver o clipe? O que você achou do resultado final?
CD: Sim eu vi. Achei bem legal.
UC: E você é um fã de Brothers & Sisters? Quais séries você gosta mais de acompanhar?
CD: Sim, eu gosto da série, minha namorada é uma grande fã! Ela é atriz aqui em Los Angeles e ela inclusive tentou um papel na série. Infelizmente, ela não pegou o papel, mas é assim que as coisas funcionam.
UC: Quais são suas influências musicais?
CD: Tenho uma grande variedade de influências, mas tem que soar verdadeiro para minha alma e ser alguém em quem eu acredito. Eu amo todos os clássicos, Leonard Cohen, Neil Young, pessoas assim. Agora eu estou ouvindo o novo álbum do The National que eu simplesmente adoro.
UC: Você tem uma banda com o seu irmão, mas em 2009 você produziu seu primeiro CD solo – “Democracy of One”. Você está tocando de novo com seu irmão ou você vai seguir carreira solo?
CD: Tenho feito os dois, na realidade. Eu adoro tocar com a banda e adoro fazer shows sozinho. Às vezes, é mais fácil fazer shows sozinho. Você pode viajar mais facilmente; e minhas músicas são escritas principalmente no violão ou piano para poder compô-las melhor, às vezes você não precisa de uma banda para isso.
UC: Você já esteve no Brasil? Tem planos para vir em breve?
CD: Não, ainda não conheço o Brasil, mas é algo que eu gostaria muito de fazer, então, se alguém tiver alguma ideia brilhante, adoraria ouvi-la.
Para conferir o clipe clique aqui!
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