Cisne (s) Negro (s)

Por conta do filme e destaque na interpretação de Natalie Portman como Cisne Negro, vamos relembrar algumas das clássicas performances eternizadas no YouTube.

No filme a dificuldade de interpretar os dois papéis - o da etérea virginal Odette e o da sedutora Odile - leva a bailarina à loucura. Na vida real as profissionais encaram a mesma dificuldade, mas com mais equilíbrio emocional. 


No balé original, os papéis eram dançados por bailarinas diferentes e nem preto Odile vestia. Foi Pierina Legnani que inovou ao interpretar os dois solos na mesma apresentação, mas a cor preta só foi incorporada à produção depois de ser usada nos Ballets Russes de Montecarlo, já pelos anos 40. Embora não saibam a primeira a usar a cor negra para o figurino,  o crédito de o ter tornado definitivo foi para Tamara Toumanova.

Enfim, é difícil pensar na bailarina que conseguiu a perfeição nos dois papéis, mas seguem alguns exemplos:


A brasileira Cecilia Kerche reúne técnica e talento como poucas. Linhas perfeitas que são exploradas ao máximo como Odile, mas agilidade e flexiblidade que fazem de sua Odile uma mulher irresistível.











A russa Natalia Makarova foi conhecida nos anos 80 como o mais perfeito cisne dos palcos. Menos expressiva facialmente que Marcia Haydée (não há registros filmados desta no papel), Makarova extrapolava em sua técnica impressionante. Sua Odette era melhor que Odile, mas ainda assim conseguia alcançar a sensualidade necessária para o papel.




Na Rússia, berço dos melhores 'cisnes' de todos os tempos, a Odile mais conhecida e respeitada foi a de Maya Plissetskaya. Sem dúvida era onde sua agilidade conseguia ser melhor canalizada, mas, ao contrário de Makarova, sua Odette é quem parecia levemente mais confinada.







No YouTube há dois outros registros dignos de nota... o da cubana Alicia Alonso é um deles. Embora Giselle e Carmen sejam os papéis mais frequentemente associados ao seu nome, Lago dos Cisnes é um dos balés onde se destacou. Ainda bem que o registro sobreviveu!
 

E o da russa Yelena Yevetneva. Ela não ficou tão conhecida (como deveria) no ocidente, mas esta versão de 1968 do Kirov foi eternizada no cinema e foi a primeira Odette-Odile que vi. Inesquecível.

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