A importância de Ruth Bader Ginsburg na luta feminina



Ruth Bader Ginsburg se recusou a ser igual às mulheres de seu tempo. A juíza americana, a segunda mulher a ter uma posição no Supremo dos Estados Unidos, fez história e inspirou exemplo mesmo fora do seu país por sua determinação, empenho e dedicação, mesmo contra todas - e não foram poucas - adversidades. Ela faleceu nessa sexta (18), aos 87 anos e a comoção em torno da triste notícia, é mais do que justificada. A incrível história de Ruth virou best seller e um filme, estrelado pela atriz Felicity Jones. "Suprema", que está disponível na Amazon Prime Video e HBO

Reprodução NYT


"Suprema"relata as dificuldades que Ruth enfrentou não apenas para vencer o machismo e preconceito ela mesma, mas como ela se dedicou a erradicar o problema para todas as pessoas. O filme segue a fórmula tradicional de uma biografia, com mais uma excelente atuação de Felicity em um papel marcante. Mas é a história incrível de Ruth que permanece com você. Ruth não foi uma mulher aparentemente panfletária ou que parecesse radical. De fora, ela se encaixava no que "era esperado" de uma mulher nos anos 1960s, que era casar, ter filhos e cuidar do marido. Profissão nenhuma poderia interferir na ordem de prioridade estabelecida. Ruth, com muita força de vontade e certeza, provou que as coisas poderiam ser diferentes e mudou o jogo para todas nós. 

Dentre várias de suas lutas, a mais icônica foi sua defesa de igualdade de gêneros, que é o foco do filme. Ruth aproveitou o processo onde um homem sofria o preconceito invertido (não poderia ser cuidador porque era uma atividade "feminina") para encerrar judicialmente a questão para todos, homens e mulheres. A luta não foi fácil, mas a vitória foi essencial para um primeiro passo de uma discussão que segue gerando polêmicas.


Em um ano em que as perdas parecem ter uma dor maior, perder Ruth Bader Gunsburg é mais uma referência cuja ausência será muito sentida.


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