Os 6 James Bond das telas
Nascido da imaginação de Ian Flemming,
James Bond coleciona seis diferentes intérpretes em 50 anos de vida no cinema.
Cada um tem o seu preferido, mas, todos foram – de alguma forma marcantes.
Sean
Connery – hoje é difícil imaginar outro intérprete,
mas Connery era um ator desconhecido quando estrelou Dr No, em 1962. Hollywood
queria Cary Grant, mas os produtores apostaram nele. Bonito e estiloso, Connery
só não é oficialmente o “maior”
James Bond porque Roger Moore fez mais filmes que ele como o espião inglês. Connery, com forte sotaque
escocês, segue, no entanto, como o
favorito de muitos. Virou estrela, se estressou com a fama e brigou com os
padrinhos deixando a vaga disponível em 1969. Voltou para mais dois filmes como
007 – o primeiro deles em 1973 - por conta do dinheiro que ofereceram. Mas logo
considerou que nada valia voltar no tempo e abandonou de vez o papel que o
revelou em 1983.
George
Lazenby – O jovem e desconhecido modelo australiano
teve a árdua tarefa de substituir Connery no auge do sucesso. Não tinha nada a
seu favor para dar certo... e não deu. Será sempre lembrado como um dos piores Bonds das telas.
Coitado. Mas também é dele a cena mais triste de toda a série onde Bond, ao ver
o corpo de sua mulher assassinada, a segura nos braços, beija a aliança de
casamento e diz ao policial assustado com a cena: “Ela está apenas descansando.
Nós temos todo o tempo do mundo”, antes de baixar a cabeça e chorar, com os
créditos subindo em silêncio. Um final atípico dos filmes de 007 até então, e um dos mais emocionantes de todos.
Roger
Moore – Ele relutou muito em aceitar o papel. Já
tinha 45 anos quando fez o primeiro filme e 67 anos quando se aposentou. O ator
inglês já era famoso na TV como O Santo e mudou completamente o perfil de
Bond. “Sou um pacifista, foi difícil viver um homem com licença para matar”,
comentou uma vez. Com seu humor
inegável, Moore transformou os filmes em diversão e leveza. É o Bond mais
marcante depois de Connery, e, por isso mesmo para alguns, o melhor deles.
Timothy
Dalton – Ator de teatro galês foi a segunda opção
dos produtores, que queriam o irlandês Pierce
Brosnan no papel. Dalton veio para ”recuperar”a moral de Bond, que na época
de Moore se aproximou perigosamente da comédia. Também coube a ele “rejuvenescer”
o espião. A mudança foi drástica demais. “Eu queria fazer um Bond mais humano”,
Dalton costumava dizer. E
conseguiu. Seu Bond era amargurado, menos mulherengo, que sangrava nas lutas, que
apanhava e era vingativo. Assim como Lazenby antes dele, estas características impostas por Dalton foram rejeitadas,
mas hoje agradam na pele de Daniel Craig. Dalton ainda rendeu 3 filmes como Bond antes
de abandonar a série e voltar para o teatro e filmes menores.
Pierce
Brosnan – Ele lutou e esperou pelo papel. Seria o
substituto de Moore, mas por conta de um contrato com uma série de TV, não
conseguiu o papel. Achou que tudo estava perdido, mas quando finalmente chegou
a sua vez, não decepcionou. Comparado ao estilo de Connery (sua assumida
inspiração), Brosnan foi o equilíbrio quase perfeito entre os Bonds mais
queridos (Connery e Moore) e segurou maravilhosamente a série por 4 bons filmes
antes de ser substituído por outro ator mais jovem.
Daniel
Craig – fisicamente errado para os puristas (é
loiro, baixo e truculento, quando Bond é moreno, alto e polido), Craig, assim
como Brosnan, teve a visão correta da importância do papel para sua carreira. Não
foi a primeira nem a segunda opção dos produtores, mas, aparentemente, a mais
acertada. Seu James Bond é muito físico, violento, amargurado, vingativo e dado
a poucos sorrisos, mas deu novo fôlego ao papel e chega ao cinqüentenário da
personagem com louvor. Skyfall é sua terceira passagem na pele de 007 e – como
nos dois filmes anteriores – está muito bem. O contrato o segura para mais dois
filmes. Quem será o próximo?
Comentários