As mentiras envolventes de Dead To Me, o Big Little Lies da Netflix




Na primeira temporada de Dead To Me, agora com o absurdo título em português de 'Disque Amiga Para Matar', na Netflix, Christina Applegate dominou com maestria a personagem em crise, revoltada e buscando justiça para a morte aparentemente acidental do marido. As reviravoltas da trama foram conduzindo para uma conclusão surpreendente (este é um texto sem spoilers).

Criada pela autora Liz FeldmanDead To Me também tem como destaque a atriz Linda Cardellini, o contraponto perfeito para a acidez e agressividade da personagem de Applegate. As duas mulheres,  que não parecem ter nada em comum, na verdade se completam e a amizade que começa como uma carência acaba se transformando em uma relação profunda de confiança e apoio. Ok, confiança chega sim a ser irônica, pois sinceridade não é a base da relação entre as personagens, mas o paradoxo é justamente o que faz a trama ser curiosa.    

A segunda temporada, que estreou há pouco mais de um mês, retoma a história exatamente onde parou na 1ª temporada, e não desaponta. Com a inversão de papéis, é crível perceber como as personagens evoluem, porém mais uma vez nos deixam sem saber como vão resolver o novo impasse em uma possível, ainda não confirmada, terceira temporada.

Não estaria errado em apontar Dead to Me como o Big Little Lies (HBO) da Netflix. A premissa é a mesma, acompanhar até onde uma mentira pode ser justificadamente omitida, quais as consequências da omissão de um crime, como a amizade pode ser - e é - posta à prova em nome de um segredo. Se Big Little Lies o elenco estelar é a atração, e as participações especiais de estrelas como Meryl Streep, em Dead to Me o foco é nas protagonistas. Elas não decepcionam.








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