Madonna e suas canções: declarações de amor e rusgas com o ex-marido

Madonna pode ser uma rebelde, mas nunca escondeu seu lado romântico. Se MDNA é sua aberta dor de cotovelo para Guy Ritchie, vale uma rápida volta às suas músicas e musos...


Stephen Bray foi seu parceiro inicial, não namorado, mas eventualmente sim, amante. Com ele, Madonna escreveu todos os hits dos anos 80 e embora não tenha uma música especialmente e publicamente dedicada à ele, não seria possível excluí-lo da lista de musos da rainha do pop.


Mark Kamins foi o DJ da danceteria que Madonna escolheu como padrinho e namorado. Foi ele que tocou pela primeira vez, por insistência e pedido dela, Everybody numa pista de dança. Ferveu e ele percebeu logo que tinha uma estrela a ser descoberta. Virou namorado, conseguiu ajudá-la a assinar com uma gravadora, mas foi descartado antes mesmo do primeiro LP chegar às lojas. De qualquer forma, um dos maiores sucessos de Madonna, Lucky Star, foi escrita para ele. 


Ainda no primeiro LP, Madonna se apaixonou por outro DJ, John Jelly Bean Benitez, que produziu para ela a faixa Holiday. Abertamente apaixonada por ele, foi com Benitez ao seu lado que Madonna começou a ser reparada. Desfilou com ele até o lançamento de Like A Virgin, em 1984. O LP está cheio de canções de amor, escritas com Bray, mas claramente inspiradas no namorado da época. Em Angel Madonna cantava: Why I stand on the clouds, everytime you're around, numa clara declaração de amor para Benitez.


Com o estouro de Like A Virgin, Madonna virou mega estrela. Produtores e DJs não eram mais seus alvos, mas sim o cinema. E assim, quando conheceu Sean Penn nos bastidores do video Material Girl, nascia um dos casais mais comentados dos anos 80. 


Quando Madonna e Sean Penn se conheceram ambos estavam se transformando em estrelas: ele no cinema, e ela na música. Jovens, bonitos e bem sucedidos, os dois engataram um romance que surpreendeu a todos. Ela adorava os flashes, ele odiava. Nesta época, Madonna se consagrou rainha com uma balada romântica que não escreveu, mas que era a que representava sua paixão por Penn: Crazy for You desbancou We Are The World das paradas e virou um clássico da cantora. 


O romance seguiu até o altar e os dois se casaram em uma cerimônia caótica que logo virou simbólica para a união dos dois. Madonna voltou aos estúdios e criou um de seus álbuns mais românticos: True Blue. Dedicado à Penn, nele Madonna cantou La Isla Bonita, Live to Tell e a maior e mais aberta confissão de amor até então escrita por ela: True Blue, onde cantava I've had ther guys, I've looked into their eyes but I never knew love before 'til walked through my door!.


No entanto, mesmo dizendo que Sean era seu melhor amigo, as pancadarias e discussões - dentro e fora de casa - levaram o casal para divórcio em 1989. Ou seja, o amor de Penn durou um álbum apenas. Em Like a Prayer Madonna cantou o amor em Cherish, prima de True Blue, mas a canção dedicada ao ex foi 'Til Death Do Us Part, onde canta: I think I interrupted your life, when you laugh it cuts me just like a knife: I'm not your friend, I'm just your little wife. 


A vida amorosa e a carreira de Madonna seguiram, vários romances e canções de amor - correspondido ou não - foram somadas às já citadas aqui. Por volta de 1994, quando lançou Bedtime Stories, depois de assumir em um documentário que o amor de sua vida ainda era Sean Penn, Madonna teve que esclarecer que não escreveu Inside of Me para ele, mas sim para sua mãe (que faleceu quando ela tinha apenas 8 anos). Ela cantava:


I can't stop thinking of you

The things we used to doThe secrets we once sharedI'll always find them thereIn my memories
But this heartache isn't going anywhereIn the public eye I act like I don't careWhen there's no one watching meI'm crying




De Erotica até Ray of Light, Madonna continuou namorando aqui e ali, mas ninguém parecia convencê-la a se casar novamente. Nem mesmo o pai de sua filha, Carlos Leon, levou a cantora de novo ao altar. Tudo mudou quando um jovem diretor britânico, Guy Ritchie pediu a autorização para usar Lucky Star em um de seus filmes. Madonna o viu e se apaixonou imediatamente. Como sabemos disso? Porque nenhum outro inspirou tantas canções da Rainha do Pop. Ao lançar Music, Madonna estava grávida de seu segundo filho, o primeiro com Ritchie. Os dois se casaram após o nascimento do herdeiro e Madonna declarou em I Deserve It: This guy was meant for me, and I was meant for him


Os 10 anos de diferença entre eles pouco parecia importar. Assim como Penn, a carreira de Ritchie logo despertou mais críticas e fracassos do que sucessos, mas ele se manteve ao lado de Madonna. Casada, ela emendou o sucesso de Music com American Life. Neste álbum, Madonna ainda cantava a paixão por Ritchie em Nothing Fails (It was not a chance meeting, feel my heart beating: you're the one) assim como já sinaliza que a união não é tão tranquila como poderia ser: Sometimes it's such a pleasure, sometimes I wanna tear it all down, ela cantava em Intervention.


Aí veio o fatídico acidente com o cavalo. Madonna se machucou, foi parar no hospital e Ritchie nem veio visitá-la. Teria aí iniciado o fim do casamento, mas ambos ainda seguiram juntos com ela cantando em Sorry, de Confessions on a Dancefloor que alguém que pedia desculpas não precisava se esforçar mais. You're not half the man you think you are, ela criticava.


Anúncio de crise, mas ainda casados, Madonna ainda era a Sra Ritchie quando lançou Hard Candy. Porém, antes de embarcar numa longa turnê, veio o divórcio. Em Miles Away, que Madonna dedicava aos "emmotionally morons", numa alusão ao ex, ela dizia: You only love me more, miles away.


Com o lançamento de MDNA, Madonna não poupou farpas à Ritchie. O chama abertamente de interesseiro (Would you have married me if I were poor?, alfineta) e insensível, com pelo menos 4 das 10 canções dedicadas para o fim da relação. I tried to be a good girl, I tried to be your wife, diminish myself and swallow my light, I tried to become all that you expect of me, and if it was a failure I don't give a.., ela canta em um momento. Em outro diz It wasn't always good, but it wasn't all bad.


A frase define também MDNA: um album que faz mais sentido para o ex-casal do que qualquer outro, que não faz uma diferença musical ou atística. A esperança agora é que Madonna arrume logo o marido número 3 para apagar Guy Ritchie de sua carreira... ele não faz muito bem à ela. 

Comentários

Postagens mais visitadas