A última 'estrela' de Hollywood

"Só uma coisa me entristece: o beijo de amor que não roubei, a jura secreta que não fiz, a briga de amor que eu não causei..." 
Ao contrário da letra de Jura Secreta, Elizabeth Taylor deixou o mundo esta semana com quase 80 anos e certamente nenhum arrependimento. Ela, que viveu mais de sete décadas em uma vida para lá de pública, era o último ícone vivo dos tempos áureos do cinema. Daquele tempo onde se criavam as divas, as musas, as estrelas. E, entre as estrelas, Elizabeth Taylor sempre foi uma das que mais brilhou.
Ela era um paradoxo: embora intratável e desbocada com a imprensa, era fiel, amiga e compreensiva com seus colegas de trabalho. Profissional que teve lá suas falhas: levou a Fox à falência com Cleópatra, onde não apenas ganhou um milhão de dólares como salário, mas tinha outras mil vantagens e ainda assim faltou à gravações atrasando o planejamento. Ela jamais deixou de fazer o que queria.
Assim como o amigo, Michael Jackson, ela cresceu diante das câmeras. A vida pública era mais fácil do que a privada. Ela viveu abertamente sem se importar com o amanhã. Casou-se oito vezes, mas apenas duas uniões foram marcantes: com Mike Todd, que até poderia ter sido 'definitiva' se ele não tivesse morrido em um trágico acidente menos de um ano depois do casamento, e, claro,  com Richard Burton


No ano passado a Vanity Fair destacou uma informação que selou o romance dos dois como o mais romântico vivido em Hollywood: antes de morrer, em 1984, Burton escreveu uma carta para Elizabeth. Ela só a recebeu e abriu depois de sua morte. Nunca mostrou a ninguém, mas a leu para o repórter: ele declarava seu amor e dizia que queria voltar para casa. Casa, para ele, era estar com ela. Elizabeth decidiu imediatamente que queria ser enterrada com esta carta e foi. O gesto final de Elizabeth só se aproxima ao pedido de Maria Callas (de ser cremada para que suas cinzas fossem jogadas no mar Egeu e chegassem ao túmulo de Onassis) e entrará para a eternidade das lendas do cinema. E a carta, que ficou guardada em segredo por 27 anos, selou a paixão definitiva jamais imaginada fora da ficção, mas que foi o amor entre Elizabeth Taylor e Richard Burton.




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