Um hino ao amor


Eu descobri a história de Edith Piaf com o espetáculo Piaf, estrelado por Bibi Ferreira. Eu tinha 13 anos na época e claro, fiquei impressionada. Nunca imaginei que 24 anos depois fosse chorar tanto vendo uma história que eu agora conhecia em detalhes. A culpa é de uma atriz de 30 anos, Marion Cottillard.

A transformação de Cottillard no maior ícone da música francesa vai além de qualquer descrição em palavras. É o melhor uso da frase clichê que posso imaginar: Cotillard é Piaf. Gestos, voz, sentimento... chega a ser assustador. Ela nos carrega pela vida melodramática da cantora de tal forma que deixou muitos na platéia soluçando inconsoláveis quando os créditos subiram em silêncio. Uma experiência que vai se perder quanto mais houver elogios ao seu trabalho. Por isso vale a pena correr para ver.

Muitos críticos reclamam do formato tedioso escolhido pelo diretor Olivier Dahan em Piaf – Um Hino Ao Amor, mas em filmes biográficos - que por acaso eu detesto - funciona. Certo que para minha irmã, por exemplo, o fato de Dahan assumir todos os fatos da vida de Piaf serem de conhecimento público, como o seu possível envolvimento no assassinato do homem que a descobriu (vivido por Gérard Depardieu), a deixou confusa. No entanto, tudo compensa pela entrega de Cotillard ao papel.

Sem dúvida no caso de Piaf – Um Hino Ao Amor, a estrela além da cantora é a música. A seleção não poderia deixar de explorar os La Vie En Rose, L'Hymne a L'Amour e Je ne Regrette Rien, mas dá espaço para as belíssimas e não menos clássicas Mon Dieu, Milord e Padam, Padam ...

Ainda estou com os olhos inchados da experiência de ontem. Recomendo para quem ama música francesa... e levem o lenço...

Comentários

Guta Nascimento disse…
ueba !
o tidbits está de volta !
adorei !
bjs !
Timidamente... timidamente...

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